terça-feira, 16 de novembro de 2021

 Deus e Eu – Ex. 3.1-14

Introdução:  “Ignorância acerca de Deus, tanto de seus caminhos como da prática da comunhão com ele, está na raiz de boa parte da fraqueza da igreja em nossos dias...Hoje, consiste em coloca-lo certa distancia, se não negá-lo completamente... cristãos modernos, preocupados em manter práticas religiosas em um mundo irreligioso, permitiram, eles próprios, que Deus se tornasse distante... membros da igreja que olham para Deus pela extremidade errada do telescópio ...pigmeus” J.I.Pacher, O conhecimento de Deus.  

A advertência do falecido teólogo sobre cristãos pigmeus que reduziram Deus teria sido relevante para os israelitas no Egito. Os israelitas se multiplicaram, mas foram escravizados. No entanto, os capítulos 1 e 2, mal fazem menção ao nome de Deus. Em Êxodo 2.23, o clamor dos israelitas chega a Deus, mas o texto NÃO afirma que dirigiam esse clamor a ele. Em resposta ao clamor que sobe, contudo, agora Deus diz: “Eu desci” (Ex 3.8).

Hoje, as pessoas gostam de definir Deus à sua maneira. Pense naqueles que dizem: “Não sou religioso, mas sou espiritual”, ou “creio que Deus seja semelhante a ...” Na verdade, o que estão dizendo é: “Não quero que ninguém me fale o que pensar a respeito de Deus. Decidirei por minha conta como ele é. Eu o (a) imaginarei como me parece melhor” 

Contudo, Deus não é um conceito que podemos moldar conforme nossa vontade. Deus é. Deus é uma realidade – a realidade suprema. Portanto, nessa passagem, Deus diz: “Eu sou o que sou” (Ex 3.14). Deus define a si mesmo. Deus – e não nossa imaginação – determina e anuncia quem ele será e como ele será.  Mas, afinal, como ele é? Quem ele é?

1)    Acima de nós

Enquanto Moisés cuida do rebanho de seu sogro, vai parar no deserto perto de Horebe (Ex 3.1). Ali, bem uma sarça em chamas (v.2). Costumamos chama-la “sarça ardente”. Mas a única coisa que sabemos ao certo a seu respeito é que ela não estava ardendo! “Embora a sarça estivesse em chamas, não era consumida pelo fogo”. Ou seja, o fogo não estava queimando a sarça. Um fogo com frequência nos atrai para perto dele, e esse fogo atrai Moisés (Ex.3.3).

Em seguida, Deus chama Moisés de dentro dela: “Moisés! Moisés...não se aproxime. Tire as sandálias dos pés...” (Ex 3.4-5). É necessário que Moisés remova suas sandálias. Uma pergunta: Por que? O texto responde: “Pois o lugar em que você está é terra santa” (Ex 3.5). O termo “santo” significa “diferente” ou “separado”. Deus não é semelhante a nós. Ele é santo, glorioso, majestoso.

Depois, Deus se revela como Deus. Até aqui, Moisés se depara com uma sarça que fala, mas agora é informado: “Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó” (Ex 3.5). O impulso natural e imediato de Moisés é esconder o rosto, “pois teve medo de olhar para Deus”. Essa é a reação correta, pois em êxodo 33.20 Deus dirá a Moisés: “Voce não poderá ver minha face, pois ninguém poderá ver minha face e continuar vivo”. ATÉ MESMO OS GLORIOSOS SERAFINS, QUE NÃO TEM PECADO ALGUM, COBREM O ROSTO NA PRESENÇA DE DEUS (IS 6.2). DEUS ESTÁ ACIMA DE NÓS. 

2)    Em nosso meio

Veja, porém, o que Deus diz a Moisés nesse encontro: “De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto estão sofrendo” (Ex 3.7). Deus está acima de nós, mas também está em nosso meio. Só daremos valor a sua presença conosco se, primeiro, nos enchermos de temor reverente de sua superioridade. Deus está presente no meio de seu povo, mesmo que seu povo não perceba sua presença. Está próximo o suficiente para ver, ouvir e se preocupar. 

A maioria de nós sabe como é sentir-se esquecido por Deus. Voce clama por causa do seu sofrimento, como fizeram os israelitas (vs. 7-9). E tem a impressão, talvez como eles tiveram, de que Deus não ouve ou não se importa. Mas Deus diz: “...tenho visto... tenho ouvido...estou preocupado”. Aliás, Deus vai além: “Eu desci” (v.8).

Pode-se dizer que ele arregaçou as mangas para se envolver com a história do seu povo. Vai salvar o seu povo a fim de poder  leva-los “para uma terra boa e vasta, onde há leite e mel com fartura”, como prometeu (v.8).  Agora, a parte difícil para Moisés é Exodo 3.10: “Agora, portanto, vai. Eu te envio ao Faraó, para que tires meu povo, os israelitas do Egito”. Eis a questão: “Tenho visto... tenho ouvido... estou preocupado”. No entanto, VOCE ESTÁ DISPOSTO A SE COLOCAR NA BRECHA, SENDO MEU INSTRUMENTO?

3)    Quem sou eu?

“Moisés, porém, respondeu a Deus: Quem sou eu para ir ao Faraó e tirar os israelitas do Egito”? (Ex 3.11). Ele sente inadequado em razão de sua fraqueza (“quem sou eu”), do poder do Faraó (“para ir ao Faraó”) e do tamanho da tarefa (“e tirar os israelitas do Egito”). 

Quem sou eu? Hoje a identidade se tornou liquida e maleável. Antes, sua identidade era determinada pelo lugar em que você havia crescido e quem seus pais eram. Agora, porém, podemos nos inventar e reinventar quase que diariamente. Mudamos de carreira. Mudamos de um lugar para outro. Temos identidades online. A desintegração da família, da identidade nacional e da crença em Deus significa que nos tornamos a própria medida de nossa vida.

Para Moisés, o questionamento de sua identidade foi desencadeado por uma tarefa que ele sentiu incapaz de realizar. Hoje, certas identidades construídas tornam-se intensas demais. A incidência da depressão está mais alta que nunca, o que se deve, em parte, à fragilidade de nossa percepção de quem somos, que nos leva a avaliar e reavaliar constantemente nossa identidade e lidar com a incapacidade de viver à altura dela. 

Portanto, a pergunta chave é: “Quem sou eu?” E a resposta de Deus é: “estarei com você” (v.12). Deus está dizendo a Moisés que sua identidade está ligada à identidade de Deus. Moisés pergunta: “Quem sou eu para ir a Faraó?” Mas, Deus diz: “Estarei com você”. Deus é quem faz a diferença. Moisés não precisa de mais autoestima (“você consegue, você é forte, você foi “filho da filha de Faraó”, etc, etc), mas precisa de mais consciência da presença de Deus. “Não há nada que diga a verdade a nosso respeito como cristão tanto quanto nossa vida de oração” Martin L. Jones 

Conclusão: “Eu sou o que Sou”

Moisés diz: “Quem sou eu?” E Deus afirma: “Estarei com você”. O que nos leva à pergunta: Quem é Deus? Quem é o “eu” que estará com Moisés? “Suponhamos que eu vá aos israelitas e lhes diga: O Deus de seus pais me enviou a vocês, e eles perguntarem: Qual é o nome dele? Que lhes direi?” Portanto, Deus revela seu nome a Moisés: “Eu sou o que sou. É isso que você deve dizer aos israelitas: Eu sou me enviou a vocês” (Ex 3.14).

No versículo 15, “Eu sou o que sou” revela seu nome: “O Senhor”. Esse é o termo “YHWH” ou com as vogais “YAHWEH”, esse termo é usado 6700 vezes no Antigo Testamento, enquanto que “Elohim” aparece 2500 ocorrências no Antigo Testamento. “Eu sou o que sou”, pode ser traduzida das seguintes formas: 

“Eu sempre fui quem eu sempre fui”. O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó (Ex 3.6), sempre agirá de forma coerente com seu histórico. É o mesmo Deus que apareceu para Abraão em Ur dos Caldeus, é o mesmo Deus de Isaque, o mesmo Deus de Jacó, o mesmo Deus de José. É o Deus da aliança.

“Eu sou o que sou”. Deus define a si mesmo, em vez de ser moldado por outros ou por seu relacionamento com eles. Deus não é limitado por fatores externos. Nada nem ninguém podem obriga-lo a ser ou fazer algo contra sua vontade. Contudo, Deus é limitado por seu caráter e por suas promessas.

“Eu serei o que serei”. Deus determinará o futuro ou Deus será aquilo que importa no futuro. Ele é o Alfa e o Omega. É o que Deus que era, é, e há de vir. 


Bibliografia

Bíblia Sagrada - Nova Versão Internacional - Editora Hagnos
Êxodo para Você - Tim Chester - Editora Vida Nova 
A maldição do Cristo Genérico - Eugene Peterson - Editora Mundo Cristão

 

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

 Bíblia Católica X Bíblia Protestante

A Bíblia é a Palavra de Deus, é a bússola do cristão, é o mapa da nossa jornada espiritual. Então, todos os dias, devemos meditar, orar e perseverar em sua leitura. Agora, conforme, falamos em aula, existe uma pequena diferença entre a Bíblia Católica e a Bíblia evangélica,  uma diferença de 7 livros.

Tudo começou em 1517, por um monge chamado Martinho Lutero. Era alemão e vivia na cidade de Wittenberg. Em 1510, foi enviado à Roma, para prestação de conta. Quando chegou lá, ficou escandalizado diante da vida luxuosa, desregrada e corrupta do alto clero e do Papa, na época Leão X. além disso, se revoltou também com a venda da Indulgencias, ordenada pelo santo pontífice. Nas indulgencias, quem pagasse pelo documento, recebia o perdão dos pecados e a salvação dos parentes que estavam no purgatório, diziam “antes da moeda tilintar no cofre da igreja, a alma saia do purgatório e ia ao paraíso”.

Então, em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero rompeu com a igreja católica. A partir daqui, vão surgindo, aparecendo, diversas denominações ligadas ao movimento da reforma protestante. Também, Martinho Lutero fez a tradução da Bíblia para o alemão, retirando alguns livros, ou, sete livros, que estavam na versão católica, que são: livro de Tobias, Judite, primeiro e segundo Macabeus, Sabedoria e Eclesiástico e profeta Baruque.

Agora, na versão evangélica, ficaram somente 66 livros. Sendo que são 39 livros do Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. No Antigo Testamento, temos algumas divisões: Pentateuco, são os cinco livros de Moisés; livros históricos, são 12 livros de relatos da história de Israel; livros poéticos, são 5 livros de poesia; profetas maiores, 5 livros, maiores pelo fato da extensão dos capítulos e, 12 profetas menores.

Agora, o último livro do Antigo Testamento é Malaquias e o primeiro livro do Novo Testamento é Mateus. Aqui tem mais uma teoria. De Malaquias à Mateus são 400 anos de história. É o período em que a Grécia, na pessoa de Alexandre, o Grande,  e seus generais, execraram domínio sobre toda essa região do mundo. Então, alguns estudiosos, chamam esse período “séculos de silêncio”. Nesse tempo, nenhum profeta foi levantado por Deus para profetizar. Então, por isso, que os evangélicos questionam a autenticidade dos 7 livros.

Agora, o Novo Testamento, é dividido em: evangelhos, são quatro, Mateus, Marcos, Lucas e João; História, Atos dos Apostolos; 13 cartas de autoria do apostolo Paulo; 8 cartas de epistolas diversas e, o livro de Apocalipse, o livro da revelação, o livro das últimas coisas. Não há diferença entre a Bíblia Católica e a evangélica, quanto ao Novo Testamento, são os mesmos livros, o mesmo conteúdo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

 A VIAGEM DO MAYFLOWER 

No século XVI, cruzar o Oceano Atlântico era uma aventura maior que participar de uma viagem espacial nos dias de hoje. Atualmente, quando os astronautas são lançados ao espaço, contam com uma infraestrutura em terra que monitora cada setor da nave, desde sua partida até seu pouso final. 

Os navegadores daquela época dependiam de condições atmosféricas favoráveis, alguns instrumentos de navegação – como bússola, quadrante, sextante, etc – e uma grande coragem. Não foi diferente com tripulantes e passageiros da embarcação Mayflower, quando, no dia 06 de setembro de 1620, deixaram a Inglaterra em direção ao Novo Mundo, mais precisamente para o que hoje é o território dos Estados Unidos da América.



Muitos dos passageiros do mayflower eram puritanos que, por questões religiosas, abandonaram sua pátria, Inglaterra, em busca de outro lugar para viver. Tais pessoas ficaram conhecidas, a partir de 1799, como “pais peregrinos” ou simplesmente “peregrinos”. O novo lar foi encontrado na América, distante mais de cinco mil quilômetros da Inglaterra. 

Chegaram em 11 de novembro de 1620, ancorando em Cape Cod, situado no atual estado de Massachusetts, onde os peregrinos fundaram o povoado de Plymouth. Quando chegaram frente ao inverno rigoroso que se aproximava fez com que saíssem à procura de água e comida na parte costeira da floresta, já que os mantimentos trazidos na viagem estavam acabando.

A preocupação de obter mais mantimentos foi expressa por um dos líderes do grupo, quando perguntou: “O que podiam perceber senão uma região selvagem, nefanda e desolada”. Ou seja, para os peregrinos, o lugar desconhecido parecia ameaçador. E no decorrer daquele inverno, quase metade da população morreu de doenças, de fome e frio.

A tragédia só não foi total porque os peregrinos receberam ajuda dos indígenas da tribo Wampanoag, especialmente de um deles, chamado Squanto. Ele pertencia à tribo Pawtuxet, que fora exterminada pelas doenças trazidas pelos europeus, por isso passou a morar com os wampanoag. Seus conhecimentos da língua inglesa se deviam aos 14 anos que vivera na Inglaterra, após ter sido raptado para trabalhar como marinheiro. Os índios ensinaram os peregrinos a pescar, caçar e cultivar o milho. 

No outono de 1621, os peregrinos decidiram agradecer a boa colheita que tiveram. Então, realizaram um banquete e convidaram o chefe da tribo que os ajudara, juntamente com 90 guerreiros. A festa que durou três dias, passou a ser comemorada anualmente e recebeu o nome de “Dia de ação de graças”.  Atualmente, a celebração acontece na quarta quinta feira do mês de novembro, quando a maioria das famílias norte americanas se reúnem para um jantar. Os pratos servidos são peru, vegetais da época de outono e tora de abobora. 

                          

 1) POR QUE NO SÉCULO XVI ERA TÃO DIFICIL CRUZAR O OCEANO ATLÃNTICO?

2) QUANDO  O NAVIO MAYFLOWER SAIU DA INGLATERRA E QUANDO DESEMBARCOU NA AMÉRICA DO NORTE?

3) POR QUE PURITANOS?

4) O QUE ACONTECEU COM OS PEREGRINOS QUANDO CHEGARAM NO NOVO CONTINENTE?

5) O QUE OS INDIOS FIZERAM PELOS PEREGRINOS?

6) POR QUE E QUANDO OS AMERICANOS COMEMORAM O DIA DE "AÇÃO DE GRAÇAS"?

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

 Maria Quitéria, primeira soldada e heroína da Independência

Apesar de Dom Pedro I ter declarado a Independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822, tropas portuguesas seguiram ocupando e atacando terras brasileiras. Após muitas batalhas, os lusitanos foram expulsos definitivamente no dia 2 julho de 1823, data em que é celebrada a Independência da Bahia. Nesses embates em terras baianas, uma figura se destacou: a de Maria Quitéria de Jesus Medeiros. 



Nascida em 27 de julho de 1792, em São José das Itapororocas, atual município de Feira de Santana (Bahia), Maria Quitéria fugiu de casa, disfarçou-se de homem e lutou contra os portugueses, numa época em que às mulheres era esperado  apenas obedecer ao pai ou ao marido e cuidar da casa e dos filhos.

Sua coragem e as habilidades demonstradas nos campos de batalha fizeram dela, não apenas a primeira mulher soldado do Exército brasileiro, mas uma heroína da Independência da Bahia e do Brasil.

Morreu aos 61 anos, sem gozar do reconhecimento ou do prestígio da francesa Joana D´Arc, por exemplo, a quem costuma ser comparada. Em 1996, por decreto presidencial, recebeu o título de Patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército.

Quem foi Maria Quitéria

Filha primogênita de Gonçalves Alves de Almeida e de Quitéria Maria de Jesus, Maria Quitéria perdeu a mãe aos 10 anos, assumindo desde cedo a casa e o cuidado de seus dois irmãos.

Não chegou a frequentar escolas. Naquela época, as jovens sertanejas aprendiam apenas a cozinhar e cuidar da casa, sendo poucas as que sabiam ler e escrever. Desde cedo, no entanto, a menina demonstrava aptidão para usar armas de fogo e habilidade para a caça e para a montaria.

Em fevereiro de 1822, com o início de batalhas pela Independência na Bahia, em resistência à dominação portuguesa, buscavam-se voluntários para integrar as tropas brasileiras. Maria Quitéria, então, pediu autorização ao pai para, disfarçada, lutar em defesa da Pátria. Ele negou prontamente, dizendo que “mulheres fiam, tecem e bordam; não vão à guerra”.

A filha, porém, desobedeceu-lhe. Fugiu para a casa de uma irmã, cortou o cabelo, vestiu as roupas do cunhado, José Cordeiro de Medeiros, e apresentou-se ao Regimento de Artilharia como Soldado Medeiros.

Dias depois, foi descoberta pelo pai, que solicitou sua retirada do batalhão. O comandante, no entanto, não quis perder a habilidosa combatente. Aos 30 anos, Maria Quitéria tornava-se a primeira mulher a entrar em combate pelo Brasil. Lutou e triunfou em diversas batalhas, conquistou o respeito dos companheiros e influenciou outras mulheres, formando e liderando um grupo feminino.

Reconhecimento e homenagens

Em 2 de julho de 1823, quando foi celebrada a expulsão definitiva dos portugueses, em data que marca Independência da Bahia, Maria Quitéria marchou com o batalhão, sendo saudada e homenageada pela população.

Depois, embarcou para o Rio de Janeiro, onde foi recebida por Dom Pedro I e recebeu o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro, em reconhecimento à bravura e à coragem com que lutara contra os inimigos da Pátria. Atendendo a uma solicitação de Maria Quitéria, o imperador fez uma carta pedindo que Gonçalo perdoasse a desobediência da filha.

Quando retornou a sua cidade natal, foi recebida com grande alegria pela família e pelos amigos, que queriam ouvir sobre seus feitos e suas histórias de batalhas. Casou-se com o antigo namorado, Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição.

Após o falecimento do pai e, depois, do marido, Maria Quitéria foi viver em Salvador com a filha. Lá, morreu no anonimato, vítima de uma inflamação no fígado, em 21 de agosto de 1853, aos 61 anos.


BANDEIRAS DO BRASIL



quinta-feira, 17 de junho de 2021

 REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA 1817


Olá, meus alunos do oitavo ano, espero que tudo esteja bem com vocês.

Estamos falando de revoluções que ocorreram no Brasil na época colonial. Vimos a inconfidência mineira, que aconteceu em Minas Gerais em 1789; a conjuração baiana em 1798, com a morte de quatro baianos. Agora, vamos observar a revolução Pernambucana que ocorreu em 1817 na cidade de Recife, Estado de Pernambuco. 


                                                               RECIFE EM 1817

Vamos entender primeiro a chegada da família real ao Brasil. De 1799 à 1815, Napoleão Bonaparte era o imperador francês mais temido. Ele era conquistador, tipo Alexandre o Grande na Grecia Antiga, ou Julio Cesar, nos tempos de Roma. Enfim, Napoleão queria contar tudo e todos. Então, no finalzinho de 1807 os seus soldados invadiram Portugal, mas Dom João VI e uma comitiva de 15.000 mil pessoas tinham rumado em direção ao Brasil. 


Então, a família real chega ao Brasil em 1808, com isso todas províncias foram sobrecarregadas com mais impostos. Como Pernambuco era a vaca leiteira das províncias do Brasil, a coroa começou a cobrar impostos para sustentar o gasto de toda corte (aliás, que corte, quinze mil pessoas!), para sustentar a guerra da cisplatina e, para custear a taxa de iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro. Enquanto, que o Pernambuco vivia com as ruas escuras e esburacadas. 


Agora, meus alunos, havia uma certa divisão social em Recife. Há os escravos que trabalhavam nas fazendas de algodão e açúcar, os portugueses que tinham todo o privilégio sobre o comércio e, os mazombos, ou seja, os brasileiros livres e nascidos no Brasil. Esse povo Pernambuco era corajoso, destemidos, aliás, eles derrotaram os holandeses no século XVI, e os mandaram de volta para casa.

Como vimos nas conjurações mineira e baiana, havia influencias externas, principalmente da Revolução Francesa, com o seu lema: liberdade, igualdade e fraternidade. E, como na Bahia, em Pernambuco havia a maçonaria, que era um local para homens importantes, como comerciantes, padres, fazendeiros, juízes, etc. Reuniam-se constantemente para debater a política e seus desmandos. Os principais personagens da nossa revolução de 1817 são: Domingos José Martins, comerciante e capixaba; Cruz Cabugá, um negro livre; padre João Ribeiro, o ideólogo do movimento, e outros. 


                                              Domingos Martins - líder 

Esses homens organizaram uma revolta em Pernambuco no dia 06 de março de 1817. Mas, a revolta foi delatada, como as outras conjurações. No entanto, o soldado José de Barro lima, conhecido como “leão coroado”, por causa da sua extensa barba, pegou sua espada e matou o capitão da policia de Pernambuco. Iniciando, assim, a Revolução de 1817. O povo pobre da cidade ficou do lado dos revoltados, e o exército foi derrotado, o governador de Pernambuco fugiu para o Rio de Janeiro. 



Os revolucionários montaram um governo provisório e estabeleceram alguns princípios:

Proclamação da República na Capitania de Pernambuco;

Estabelecida a liberdade de imprensa e a liberdade de credo;

Os impostos criados por D. João VI foram abolidos;

Instituição do princípio dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário);

Aumento no soldo dos soldados;

Manutenção do trabalho escravo.

A criação da bandeira de Pernambuco. O sol representa o clima quente; a cruz, a igreja católica; o arco íris, fraternidade; três estrelas, representando Pernambuco, Paraíba e Rio grande do Norte, que haviam aderido à revolta. 



No entanto, o Rei Dom João VI enviou seus soldados à Pernambuco para acabar com essa revolta que durou até 20 de maio de 1817, quase dois meses. O exército revolucionário foi derrotado. E os lideres tiveram punições exemplares. Nove pessoas foram enforcadas e quatro pessoas foram fuziladas. O líder, Domingos Martins, foi fuzilado; o capitão José de Barros Lima “leão coroado” teve as mãos e a cabeça decepada, e seu corpo foi arrastado pelas ruas de Recife.



Assim, meu caros, alunos, terminou essa revolta em Pernambuco.

quinta-feira, 13 de maio de 2021

 BRASIL IMPÉRIO - 1822 À 1889

67 anos de Império.

Primeiro reinado – dom Pedro I – 1822 à 1831.

O império do Brasil começa em 7 de Setembro de 1822, com a independência politica. Dom Pedro I gritou às margens do rio Ipiranga "INDEPENDÊNCIA OU MORTE". Sim, a partir dessa data o Brasil tornava-se independente de Portugal. No entanto, sabemos que a guerra continuou no nordeste, principalmente na Bahia (temos nossas heroínas: Joana Angélica, Maria Quitéria). Mas, em 02 de Julho de 1823 os portugueses foram definitivamente expulsos do Brasil. 

Dom Pedro I foi o primeiro imperador do Brasil. Casou-se com a Leopoldina, filha do imperador da Áustria, casa de Habsburgos. Em 1821, Dom João VI, seu pai, volta para Portugal e o Dom Pedro I vira príncipe regente do Brasil. Em 1823, Dom Pedro I dá a primeira constituição do Brasil. Ficou conhecida como "a constituição da mandioca", porque o voto era censitário, ou seja, somente votar aquele que tinha terra e uma grande quantidade de mandioca. No que se toca a religião, havia somente uma igreja: Católica Apostólica Romana; as igrejas protestantes não podiam colocar o símbolo da cruz na frente de suas igrejas. 

Dom Pedro I era um mulherengo, namorador, tinha um monte de mulheres e, uma amante oficial: Marquesa de Santos, ou Domitia. Ele levou a mulher para morar perto do seu palácio, no Rio de Janeiro. Sua esposa, em depressão, morreu por depressão profunda, em 1826. 


Em 1831, expulso do Brasil, na noite das garrafadas retorna para Portugal, entrando em uma guerra civil contra o irmão Miguel, em Portugal. Seu filho, Pedro de Alcantara, tinha cinco anos de idade, uma criança. Ainda sem idade para governar, ou tomar o lugar do pai, como imperador. 

Dom Pedro 1 tinha diversos problemas de saúde: com 22 anos tinha problemas nos rins; caiu duas vezes do cavalo, em 1823, com uma queda de cavalo ficou vários dias de cama. Em 1829, dirigindo em alta velocidade uma carruagem pela rua, tombou e fraturou as costelas – o que lhe atingiu o pulmão. Tinha também epilepsia, ou “ataques de nervos”. Morreu de tuberculose, tossia sangue. 


PRIMEIRA BANDEIRA DO BRASIL IMPERIAL. 


SIGNIFICADOS
   verde - A Casa de Bragança (Dom Pedro I)
·         Amarelo - A Casa de Habsburgo (Dona Leopoldina)
·         Losango - Remete às bandeiras do exército napoleônico
·         Brasão azul com a esfera armilar - Presente desde a bandeira do Principado do Brasil, remete à tradição portuguesa
·         Cruz vermelha - Referente à ordem de Cristo
·         Anel azul carregado com 20 estrelas de prata - Referentes às 20 províncias do Brasil
·         Dois ramos - um de café, o outro de tabaco, representando a agricultura brasileira

Período regencial – vários regentes – 1831 à 1840.

Muitas revoltas aconteceram nesse período: Revolta dos malês e sabinada na Bahia; Balaiada no Maranhão; Cabanagem no Pará; Farroupilha no Rio Grande do Sul.


Segundo Reinado – Dom Pedro II  1840 à 1889.


Dom Pedro II começou a governar com 14 anos o Brasil. 

12 de dezembro de 1825, nascia dom Pedro II. Sua mãe morreu quando tinha um ano de idade. E, quando estava com cinco anos, seu pai foi embora para Portugal, nunca mais se viram. Um rapaz alta e de olhos de azuis. Ele se casou com Tereza Cristina. 

Foi em 1850 que o governo brasileiro começou a politica para trazer imigrantes europeus ao Brasil. Vieram os italianos, os alemães, os espanhóis, e por fim, os asiáticos. O café era o produto mais importante do Brasil.. E com café, chegaram as primeiras ferrovias no ano de 1854. As ferrovias ligavam as fazendas de café aos portos de Santos e Rio de Janeiro. 

 

Economia: café

Imigração no brasil – chegada de italianos, japoneses, alemães.

Guerra do Paraguai

Libertação dos escravos 1888

E, PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA -  1889. 

 

           Verde e amarelo - Interpretações a posteriori atribuíram as cores às riquezas naturais e minerais do país. Essa explicação, porém, não constava da justificativa de Teixeira Mendes para a nova bandeira

·         Estrelas no céu azul - Reprodução do céu do Rio de Janeiro na manhã de 15 de novembro de 1889, com as estrelas representando os Estados da Federação

·         "Ordem e Progresso" - A influência dos positivistas na proclamação da República. Augusto Comte (1798-1857), principal ideólogo do positivismo, escreveu: “O amor por princípio, a ordem por base, e o progresso por fim”. No caso brasileiro, deixaram de fora o amor.


 

 CONJURAÇÃO BAIANA, REVOLTA DOS ALFAIATES OU REVOLTA DOS BÚZIOS. 

Entre os principais líderes da Revolta dos Búzios, destacaram-se os soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas e os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus Nascimento.

Primeiro, vamos descobrir o significado de conjuração. É uma associação, às vezes, por juramento, para um fim comum. Ou, uma reunião, associação ou grupo secreto e clandestino que articula a queda ou disposição de governo, partido politico ou conspira contra autoridade estabelecida.

Então, conjuração é uma reunião, neste caso para fins políticos. Vimos, os inconfidentes na ultima aula, hoje vamos nos focar, numa histórica pouca divulgada e conhecida, que é a conjuração baiana. Que foi um movimento que ocorreu em Salvador em 1798, com um proposito de destituir o governo português e criar uma república na Bahia. 



Primeiro vamos olhar para Salvador

Primeiro Salvador deixa de ser a capital do Brasil em 1763. E, a capital foi transferida ao Rio de Janeiro. Havia em Salvador em 1798 60 mil habitantes, dos quais 40 mil eram descendentes de negros; alguns escravos, outros livres. 



Eram tempos difíceis, o dinheiro não era suficiente para comprar o necessário; a carne e a farinha custavam mais do que os pobres podiam pagar. Havia muita miséria em Salvador, muita fome... Outrossim, os impostos eram altíssimos e pesava sobre a população. Enquanto que os brancos comiam do bom e do melhor, viviam regaladamente.

Também, chegavam noticias de fora. Todo mundo falava da revolução francesa e de seu lema: liberdade, igualdade e fraternidade. Chegara a notícia de que em Haiti, um pais controlado pela França, os escravos conseguiram sua liberdade politica, libertaram o Haiti! E, livros, literaturas invadiam o porto de Salvador espalhando noticias de liberdade e igualdade e fraternidade, entre os baianos. 



Os soldados negros ganhavam muito pouco, além disso, não podiam alçar voo na carreira militar. E, para piorar, o soldo, ou seja, salário era insuficiente, para sobreviver.

Então, um levante iniciou em Salvador, não mais comandado pela elite, mas pela população. Escravos, livres, comerciantes, alfaiates, artesãos, fazendeiros, médicos, a maçonaria “Cavalheiros da luz”,  todos, ansiavam por coisas melhores em seus dias. O que eles almejavam?

Almejavam que a Bahia não fosse mais controlada por Portugal –monarquia -, mas um regime republicano se instalasse. A república seria chamada: “REPUBLICA BAHINENSE” 


Almejavam que tivesse fabricas de roupas, por que todo vestuário vinha de Portugal ou da Europa.

Almejavam que os negros fossem libertados da escravidão. O ideal de igualdade da revolução francesa fazia com que todos, independentes da cor de sua pele, fossem iguais. 


Então, no dia do 12 de agosto de 1798, alguns cartais apareceram nas principais localidades de Salvador, conclamando o povo ao levante e uma nova maneira de vida, baseado em um regime republicano. 



 Mas, como na inconfidência mineira, temos os x-9, ou cagueta, e o mesmo nome: Joaquim. Lá em Minas, foi Joaquim Silvério, aqui na Bahia, foi Joaquim Veigas. Todos foram presos e somente quatro condenados à morte: dois soldados e dois alfaiates.

Em 08 de novembro de 1799, foram enforcados, no largo da Piedade: Lucas Dantas, Manuel Faustino, João de Deus e Luiz Gonzaga. Seus corpos foram esquartejados e pendurados em muitas partes da cidade.



João Vicente Pereira. 


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

                                          Estrada de ferro “Bahia Minas”

Olá, meus caros alunos, hoje, vamos falar de um assunto que tem tudo a ver com a nossa região, que é estrada de ferro “Bahia Minas”. Nesse tempo, época que tínhamos um imperador (Dom Pedro 2), Bahia ainda se escrevia sem o “h”. Foi nesse tempo imperial que começou a circular os trens em direção ao porto de Caravelas, ponta de areia BA.

Então, como começou? Esse projeto político era do mineiro Teófilo Otoni (1807 – 1869). Somente depois de 11 anos de sua morte o governo mineiro concedeu a empreitada da construção da ferrovia ao engenheiro civil Miguel de Teive e Argolo (hoje o povoado de Argolo homenageia o engenheiro). E no dia 16 de maio de 1881, com grande festa, foi fixado o primeiro trilho da estrada de ferro, era o KM 0 da ferrovia. 

O KM 0 encontra-se em Caravelas, em Ponta de Areia. Depois, passa por Helvécia, Posto da Mata (Km 103). Em 1882, a ferrovia chega em Serra dos Aimorés. Somente em 1898 chegou à cidade mineira de Teófilo Otoni. Que dia, meus caros alunos! Os sinos da igreja badalaram, a multidão foi para rua, e ouvia-se estouros de morteiros e de bombas cabeça-de-negro “cobriu de fumaça o céu azul”. E seu ponto final e definitivo, foi em Araçuaí, em 1942. No total, de Ponta de Areia, Caravelas BA, até Araçuaí MG, foram quase 580 km de ferrovia. 

A estrada de ferro “Bahia Minas” estava todo vapor para transportar madeira, café, desenvolver o comércio local de cada ponto onde passava o trem, tornar rápida as viagens e acelerar o desenvolvimento de cada localidade. Era corriqueiro na vida dos mineiros e baianos ouvir o som da “Maria Fumaça” passando pelas suas cidades, trazendo e levando mercadorias e pessoas. Em Posto da Mata, temos até os dias de hoje, o posto onde parava o trem; em Aimorezinho (Ibiranhém), em Helvécia, enfim, temos vestígios de uma época cheia de vida e de esperança. 

Portanto, esses quase 600 km de ferrovia tinham como objetivo a ligação da região do vale do Jequitinhonha (uma região sofrida, com pouca chuva), até o litoral da Bahia para expandir o comércio de transporte de cargas, madeiras, café, serviços, como telégrafos (uma espécie de telefone/fax), transportes de pessoas e atividades sociais comunicativas. Chegando em Ponta de Areia, Caravelas, todas as mercadorias e pessoas embarcavam em navios em direção aos grandes portos do Brasil.

Contudo, como a gente sabe o velho ditado “tudo que é bom, duro pouco”. Depois de quase mais de oito décadas, a ferrovia deixou de funcionar em 1966. Deixando imensa saudade na população dos vales do Jequitinhonha e Mucuri. Hoje, vemos estações abandonadas, dormentes, algumas viraram Correios ou Policia Militar... estradas vicinais e eucaliptos, uma pagina da história descarrilou.

Bem, de lá para os dias de hoje, a ferrovia “Bahia Minas” foi cantada em prosa e rendeu livros – o mais famoso lamento está contido na musica “Ponta de Areia”, composta por Fernando Brant e Milton Nascimento, vejamos a letra da canção:

Ponta de areia
Ponto final
Da Bahia-Minas
Estrada natural

Que ligava Minas
Ao porto, ao mar
Caminho de ferro
Mandaram arrancar

Velho maquinista
Com seu boné
Lembra o povo alegre
Que vinha cortejar

Maria-fumaça
Não canta mais
Para a moça, as flores
Janelas e quintais

Na praça vazia
Um grito, um ai
Casas esquecidas
Viúvas nos portais

Maria-fumaça
Não canta mais
Para a moça, as flores
Janelas e quintais

Na praça vazia
Um grito, um ai
Casas esquecidas
Viúvas nos portais

E, agora, o que poderia acontecer com a nossa região? O apego á ferrovia além de econômico era também emocional. Uma simbiose, um cordão umbilical de quase oitenta anos, aliás, muita gente abandonou a cidade, acreditando que a região estaria acabada. . No entanto, depois da desativação da ferrovia, o que parecia o fim, foi apenas o começo de uma nova era. A rodovia que havia sido prometida se concretizou e o lugar virou ponto de parada de vários caminhoneiros, ônibus, turistas, etc.

No idos dos anos 80 (1980) e inicio dos anos 90, o plantio de mamão empregou desde o mais velho ao menino na região, fortalecendo e dinamizando, trazendo uma prosperidade econômica significativa. Aqui, temos uma terra boa, uma terra que, conforme Pero Vaz de Caminha, em uma carta em 01 de maio de 1500, endereçada ao Rei de Portugal,  estando no extremo sul da Bahia, escreveu: “em se plantando tudo dá”. Portanto, na opinião dos moradores mais antigos, fora o plantio de mamão que proporcionou a melhor época de vista econômico para a região. 

 Alguns fatos importantes de Posto da Mata:

Desativação da Ferrovia Bahia Minas no final dos anos 70.

A criação da primeira escola de Posto da Mata: Colégio Municipal Vera Cruz em 1963.

Chegada da Aracruz Celulose à região

Fornecimento de energia pela Coelba em 1978

A fundação do banco do Brasil em 1991