A VIAGEM DO MAYFLOWER
No século XVI, cruzar o Oceano Atlântico era uma aventura maior que participar de uma viagem espacial nos dias de hoje. Atualmente, quando os astronautas são lançados ao espaço, contam com uma infraestrutura em terra que monitora cada setor da nave, desde sua partida até seu pouso final.
Os navegadores daquela época dependiam de condições atmosféricas favoráveis, alguns instrumentos de navegação – como bússola, quadrante, sextante, etc – e uma grande coragem. Não foi diferente com tripulantes e passageiros da embarcação Mayflower, quando, no dia 06 de setembro de 1620, deixaram a Inglaterra em direção ao Novo Mundo, mais precisamente para o que hoje é o território dos Estados Unidos da América.
Muitos dos passageiros do mayflower eram puritanos que, por questões religiosas, abandonaram sua pátria, Inglaterra, em busca de outro lugar para viver. Tais pessoas ficaram conhecidas, a partir de 1799, como “pais peregrinos” ou simplesmente “peregrinos”. O novo lar foi encontrado na América, distante mais de cinco mil quilômetros da Inglaterra.
Chegaram em 11 de novembro de 1620, ancorando em Cape Cod,
situado no atual estado de Massachusetts, onde os peregrinos fundaram o povoado
de Plymouth. Quando chegaram frente ao inverno rigoroso que se aproximava fez
com que saíssem à procura de água e comida na parte costeira da floresta, já
que os mantimentos trazidos na viagem estavam acabando.
A preocupação de obter mais mantimentos foi expressa por um
dos líderes do grupo, quando perguntou: “O que podiam perceber senão uma região
selvagem, nefanda e desolada”. Ou seja, para os peregrinos, o lugar desconhecido
parecia ameaçador. E no decorrer daquele inverno, quase metade da população
morreu de doenças, de fome e frio.
A tragédia só não foi total porque os peregrinos receberam ajuda dos indígenas da tribo Wampanoag, especialmente de um deles, chamado Squanto. Ele pertencia à tribo Pawtuxet, que fora exterminada pelas doenças trazidas pelos europeus, por isso passou a morar com os wampanoag. Seus conhecimentos da língua inglesa se deviam aos 14 anos que vivera na Inglaterra, após ter sido raptado para trabalhar como marinheiro. Os índios ensinaram os peregrinos a pescar, caçar e cultivar o milho.
No outono de 1621, os peregrinos decidiram agradecer a boa
colheita que tiveram. Então, realizaram um banquete e convidaram o chefe da
tribo que os ajudara, juntamente com 90 guerreiros. A festa que durou três dias,
passou a ser comemorada anualmente e recebeu o nome de “Dia de ação de graças”. Atualmente, a celebração acontece na quarta
quinta feira do mês de novembro, quando a maioria das famílias norte americanas
se reúnem para um jantar. Os pratos servidos são peru, vegetais da época de
outono e tora de abobora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário