quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Consciência negra – 20 de novembro.


                  Hoje é dia 20 de novembro, que se comemora o dia da consciência negra. Antigamente, nos meus tempos de escola, comemorava-se o dia 13 de maio. Pois neste dia, a Princesa Isabel assinou a lei Áurea, a partir dessa data, ou seja, 13 de maio de 1888, o Brasil deixou de ter escravos, todos eram livres.

         Contudo, com o passar dos tempos, muitas pessoas não aceitavam essa data como o dia em que o negro conseguiu sua libertação. Porquanto afirmavam que essa “libertação” não dependeu da luta do escravo mas da “boa vontade” dos fazendeiros de café e da Princesa Isabel.  


         Diante disso, uma nova da foi escolhida: 20 de novembro de 1694. O que aconteceu nesse dia? Bom, no inicio do século XVII (1597 à 1694), um grupo de escravos fugiram de uma fazenda e se refugiaram na Serra da Barriga, um lugar com muitas palmeiras. Ali, estabeleceu o Quilombo dos Palmares.

         Os negros podiam caçar, pescar, cultivar o solo e confeccionar artefatos; casar e ter família. Não era somente escravos que se refugiavam no quilombo mas também indígenas, brancos pobres e temos relato de estrangeiros residiram no Quilombo dos Palmares.

         O chefe do Quilombo era Zumbi. Zumbi nasceu em 1655, em um dos acampamentos no Quilombo. Ainda jovem, ele foi aprisionado em 1662 e dado ao padre Antonio Melo que o batizou como Francisco. Ele ensinou ao jovem latim e português e, por sua vez, passou a ajudar o sacerdote em suas missas. Em 1670, o escravo, agora catequisado, foge e regressa à Palmares. 

         Mas, no dia 06 de fevereiro de 1694 – os bandeirantes, liderado por Jorge Velho – invadiram o Quilombo dos Palmares e mataram toda a população local. Zumbi, ferido em combate, conseguiu escapar e resistiu por vários meses. Mas tarde, traído por um homem de sua confiança, foi preso e degolado em 20 de novembro de 1694.
“?”
Nas linhas da história encontram-se relatos de uma gente guerreira, sofrida, mulatos...
De uma gente de cor, mas que cor tem a gente?
Será o mundo azul, branco, preto ou rosa?
Será a dor dos acoites marrom, cinza, clara, escura ou simplesmente dolorosa?
Gente como a gente..gente pra gente...gente feito gente!...
O importante não é ter cor, coroas, troncos ou grilhões.
O ideal é ser igual, porém diferente.
O essencial é amar sem se preocupar que o sangue tem um só tom, que a pele não forma caráter nem põe nome na praça e que em meio às diferenças do tempo e dos relatos,
Somos só raça: a humana”.  Poema de autoria do professor khiones, Colégio Municipal Vera Cruz.

Texto: escrito pelo professor João Vicente Pereira, professor de história no Colégio Municipal Vera Cruz. 

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