Consciência negra – 20 de
novembro.
Hoje é dia 20
de novembro, que se comemora o dia da consciência negra. Antigamente, nos meus
tempos de escola, comemorava-se o dia 13 de maio. Pois neste dia, a Princesa
Isabel assinou a lei Áurea, a partir dessa data, ou seja, 13 de maio de 1888, o
Brasil deixou de ter escravos, todos eram livres.
Contudo, com o passar dos tempos, muitas pessoas não
aceitavam essa data como o dia em que o negro conseguiu sua libertação.
Porquanto afirmavam que essa “libertação” não dependeu da luta do escravo mas
da “boa vontade” dos fazendeiros de café e da Princesa Isabel.
Diante disso, uma nova da foi escolhida: 20 de novembro de
1694. O que aconteceu nesse dia? Bom, no inicio do século XVII (1597 à 1694),
um grupo de escravos fugiram de uma fazenda e se refugiaram na Serra da
Barriga, um lugar com muitas palmeiras. Ali, estabeleceu o Quilombo dos
Palmares.
Os negros podiam caçar, pescar, cultivar o solo e
confeccionar artefatos; casar e ter família. Não era somente escravos que se
refugiavam no quilombo mas também indígenas, brancos pobres e temos relato de
estrangeiros residiram no Quilombo dos Palmares.
O chefe do Quilombo era Zumbi. Zumbi nasceu
em 1655, em um dos acampamentos no Quilombo. Ainda jovem, ele
foi aprisionado em 1662 e dado ao padre Antonio Melo que o
batizou como Francisco. Ele ensinou ao jovem latim e português
e, por sua vez, passou a ajudar o sacerdote em suas missas. Em 1670, o escravo, agora catequisado, foge e regressa à Palmares.
Mas, no dia 06 de fevereiro de 1694 – os bandeirantes,
liderado por Jorge Velho – invadiram o Quilombo dos Palmares e mataram toda a
população local. Zumbi, ferido em combate, conseguiu escapar e resistiu por
vários meses. Mas tarde, traído por um homem de sua confiança, foi preso e degolado
em 20 de novembro de 1694.
“?”
“Nas linhas da história encontram-se relatos
de uma gente guerreira, sofrida, mulatos...
De uma gente de cor, mas que cor tem a gente?
Será o mundo azul, branco, preto ou rosa?
Será a dor dos acoites marrom, cinza, clara, escura ou simplesmente
dolorosa?
Gente como a gente..gente pra gente...gente feito gente!...
O importante não é ter cor, coroas, troncos ou grilhões.
O ideal é ser igual, porém diferente.
O essencial é amar sem se preocupar que o sangue tem um só tom, que a
pele não forma caráter nem põe nome na praça e que em meio às diferenças do
tempo e dos relatos,
Somos só raça: a humana”. Poema de autoria do professor khiones, Colégio Municipal Vera Cruz.
Texto: escrito pelo professor João Vicente Pereira, professor de história no Colégio Municipal Vera Cruz.
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